Cirurgias

Otorrinolaringologista e Otoneurologista em São Paulo


Septoplastia

A septoplastia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir o desvio do septo nasal. O septo nasal é a estrutura que separa as duas cavidades nasais. Quando o septo está desviado, pode obstruir o fluxo de ar nasal e causar sintomas como dificuldade respiratória, congestão nasal, ronco, sinusite recorrente e epistaxe (sangramento nasal).


Indicações

A septoplastia está indicada nos quadros onde o desvio de septo obstrui a respiração mesmo com a melhora de eventuais edemas de mucosa das outras estruturas nasais.


Como é feita

A septoplastia é realizada com anestesia geral em centro cirúrgico. É feita uma incisão da mucosa nasal no nariz, a partir da qual se descola a mucosa que cobre o septo do próprio septo, na sua porção cartilaginosa e sua porção óssea. Desta forma, expõe-se a área desviada e então a mesma é corrigida.


Como é a recuperação

Imediatamente após a cirurgia, devido à manipulação, ocorre um inchaço nas fossas nasais, mas dia após dia a melhora ocorre de maneira bastante perceptiva. Aproximadamente após 3 semanas o paciente tem a sua melhor sensação respiratória, nunca experimentada antes da cirurgia.

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Turbinectomia

Indicações

A turbinectomia deve ser feita nos quadros em que há grande obstrução nasal, coriza, rinite intensa, com mau controle com tratamento farmacológico e medidas ambientais; quando os cornetos acabam se mantendo volumosos e obstruem a boa ventilação do nariz e dos seios paranasais.


Como é feita

A diminuição dos cornetos pode ser feita de algumas maneiras, como a turbinoplastia que é a retirada de excesso de estrutura óssea sem retirar nada de mucosa.


Através da ablação com laser ou radiofrequência com efeito térmico causando necrose parcial da mucosa em excesso. 


E da maneira mais utilizada, que é a turbinectomia propriamente dita, onde se retira parte do corneto com seu componente mucoso e ósseo, fazendo a cauterização em seguida para que o paciente não tenha o incômodo do sangramento.


Como é a recuperação

Antigamente a recuperação ocorria com um tampão alocado nas fossas nasais. Atualmente com o uso de técnicas cirúrgicas mais modernas, lançando mão do uso da videoendoscopia cirúrgica, esse desconforto não é mais necessário que o paciente tenha e a recuperação ocorre de maneira mais rápida, necessitando que o paciente evite exposição a fontes de calor. 


Durante o pós-operatório é importante que o paciente não realize atividades físicas e mantenha lavagem nasal frequente e algumas vezes compressas geladas sobre o nariz, medidas que devem ser adotadas por um prazo de pelo menos 7 a 10 dias.

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Sinusectomia

A sinusectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de parte ou de todo o seio paranasal para tratar condições graves e crônicas dos seios da face.


Indicações

A sinusectomia é um procedimento cirúrgico indicado para os casos de: 


Sinusite crônica 

Pacientes que sofrem de sinusite crônica, que não melhora com tratamentos clínico-farmacológicos.


Polipose nasal

Pacientes com polipose nasal, sendo a presença de pólipos benignos dos seios da face e cavidades nasais, que causam sinusite recorrente e obstrução nasal com perda de olfato.


Sinusite recorrente

Quando a sinusite continua a retornar apesar do tratamento médico adequado, pode ser considerada para prevenir episódios futuros e melhorar a qualidade de vida, melhorando a ventilação dos seios da face e por consequência a saúde da mucosa sinusal.


Complicações das sinusites

Em alguns casos, a sinusite pode levar a complicações mais graves, como abscessos, osteomielite ou infecções orbitárias. Nestas situações, a sinusectomia pode ser necessária para tratar e evitar problemas adicionais.


Como é feita

A sinusectomia da medicina moderna e atual é feita de forma endoscópica e funcional pois é minimamente invasiva. Usamos endoscópios nasais (tubos finos com luzes e lentes) para tratar os sintomas da sinusite sem realizar incisões no nariz ou ao redor dele. Estudos mostram que entre 80% e 90% das pessoas que passam por esse tipo de cirurgia (FESS), em português, cirurgia endoscópica funcional dos seios da face, sentem que ela resolveu seus problemas de sinusite.


Como é a recuperação

Utilizando-se deste método de cirurgia sinusal a recuperação é bastante rápida, na primeira semana o paciente já se sente, na maioria dos casos, com nenhuma sensação ruim de pós-operatório.

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Amigdalectomia

Trata-se de remover as amígdalas palatinas, sendo as estruturas que temos nas duas laterais da garganta e que podem ser vistas pelo próprio paciente na frente do espelho.


Indicações

As principais indicações são:


Amigdalite recorrente

Se uma pessoa tem episódios repetidos de amigdalite que não melhoram com tratamentos médicos convencionais, como antibióticos, a amigdalectomia pode ser recomendada para prevenir infecções futuras e complicações maiores que podem vir de uma aparentemente “simples” amigdalite, como o é o caso de um abscesso por exemplo.


Halitose

Uma das principais causas de mau-hálito é a formação de cáseos amigdalianos, que são restos alimentares que adentram os buracos da amígdala, lá ficam, apodrecem e inflamam cronicamente a amígdala. Nestes casos a remoção da amígdala resolve a halitose.


Hipertrofia das amígdalas

As amígdalas, significativamente aumentadas, podem levar a problemas respiratórios, como roncos e apneia obstrutiva do sono. A amigdalectomia pode ser indicada para melhorar a respiração e reduzir os problemas associados.


Abscesso periamigdaliano 

Um abscesso periamigdaliano é uma complicação grave da amigdalite onde se forma uma coleção de pus ao redor das amígdalas. Se o abscesso for grande ou recorrente, a amigdalectomia pode ser necessária para evitar complicações adicionais.


Suspeita de câncer 

Em casos raros, quando há suspeita de câncer nas amígdalas, a amigdalectomia pode ser realizada para fins diagnósticos e terapêuticos.


Como é feita

A amigdalectomia é realizada com anestesia geral. Existem diversas técnicas possíveis, mas, basicamente, envolve um corte anterior à região que a amígdala “mora”, a loja amigdaliana. Com esse corte conseguimos expor a amígdala e ir soltando ela de maneira delicada e criteriosa, com o correto controle de sangramento e com a remoção completa dessa estrutura.


Como é a recuperação

A recuperação ocorre rapidamente, principalmente nas crianças, ao terem as amígdalas com menos fibroses decorrentes de inflamações. Já o adulto, ao longo da vida, por uma questão temporal mesmo, tem um número maior de episódios ocorridos. Ainda assim, a dor em ambos os casos é perfeitamente controlada com analgésicos simples na maioria dos casos. Em minha prática clínica, muitas crianças já querem comer de tudo antes mesmo do fim da primeira semana pós cirurgia. Os adultos por volta de 10 a 14 dias.

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Adenoidectomia

Indicações

A adenoidectomia, também conhecida como cirurgia para tirar carne esponjosa, tem diversas indicações mas as mais importantes decorrem de:

  • Infecções frequentes do ouvido, sinusite e infecções respiratórias superiores, onde a adenoide se comporta como a fonte geradora das infecções, onde moram cronicamente bactérias que já não respondem a antibióticos;
  • Obstrução nasal crônica, que pode levar à respiração bucal e roncos durante o sono, atrapalhando o aprendizado, o desenvolvimento e alterando toda a formação da face, causando diversos problemas crônicos que são levados pelo resto da vida;
  • Problemas de fala e desenvolvimento da fala;
  • Dificuldades respiratórias que afetam o sono e o descanso adequado.


Como é feita

Existem diferentes técnicas para remover as adenoides. A abordagem mais comum é usar uma cureta, que é uma pequena espátula com ponta curva, para cortar, raspar e remover as adenoides. Outra técnica envolve o uso de um microdebridador, que permite cortar e aspirar de maneira bastante precisa a adenoide em todos os cantos da faringe. Não há suturas ou pontos necessários após a adenoidectomia, uma vez que a cirurgia é realizada pela boca e não há cortes.


Como é a recuperação

A recuperação após uma adenoidectomia pode variar de pessoa para pessoa, mas é considerada rápida e menos desconfortável do que outras cirurgias mais invasivas. Algum desconforto na garganta é comum mas pode ser aliviado com medicamentos analgésicos comuns. Alguns pacientes podem referir alguma dor no ouvido. Nos primeiros dias após a cirurgia, a garganta pode estar sensível, e alimentos macios e frios são recomendados para evitar irritação. Beber muitos líquidos é importante para manter-se hidratado. Repouso na primeira semana é necessário. O tempo de recuperação pode variar, mas a maioria dos pacientes pode retornar às atividades normais, incluindo a escola ou o trabalho, em uma semana após a cirurgia.

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Timpanotomia para tubo de ventilação

Indicações

Esse procedimento é indicado para pacientes com otites crônicas e de repetição, que começam a acumular secreção no ouvido, mantendo um quadro inflamatório que pode culminar em sintomas como perda auditiva e labirintite.


Como é feita

O procedimento é realizado sob anestesia geral. Fazemos uma pequena incisão no tímpano para aspirar a secreção que está no ouvido. Na sequência, o tubo de ventilação é inserido cuidadosamente na incisão que foi feita. O tubo permanecerá ali para manter a ventilação do ouvido médio e permitir que o fluido seja drenado e que se restabeleça a saúde da mucosa do ouvido, que depende da boa ventilação para ser um ouvido saudável.


Como é a recuperação

A recuperação é rápida e normalmente após 1 a 2 dias da cirurgia o paciente não necessita mais de remédios para dor. Com o tubo de ventilação no lugar, o paciente deve evitar cair água no ouvido, pois essa água pode ir para dentro do ouvido através do tubo e causar infecções crônicas que inviabilizam a boa cicatrização. Mantida a proteção, o tímpano começa a cicatrizar ao redor do tubo, que é projetado para cair naturalmente após alguns meses há um ano, quando não é mais necessário. Em alguns casos, o médico pode precisar remover o tubo se não cair por conta própria.

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Uvulopalatofaringoplastia

Indicações

A uvulopalatofaringoplastia (UPFP) é um procedimento cirúrgico que visa tratar a apneia obstrutiva do sono (AOS) e o ronco.  É recomendada para pacientes que sofrem de apneia obstrutiva do sono moderada a grave, onde há repetidas interrupções da respiração durante o sono devido ao colapso das vias aéreas superiores. Para pessoas com um ronco significativo e perturbador, especialmente quando está associado à apneia do sono, a UPFP pode ser uma opção para reduzir ou eliminar o ronco. Quando tratamentos não cirúrgicos, como terapia com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) ou dispositivos orais, não fornecem alívio suficiente ou não são tolerados pelo paciente, a UPFP pode ser considerada.


Como é feita

A cirurgia é realizada sob anestesia geral, com melhores resultados quando o paciente possui amígdalas grandes. Ocorre a retirada das amígdalas e de parte do palato mole e da faringe. Após isso as incisões são fechadas com pontos de fio absorvível, para fixar o tecido faríngeo, gerando uma tensão com vistas a expandir o calibre da faringe por onde passa o ar.


Como é a recuperação

Na recuperação é comum sentir dor na garganta, com dificuldade para a deglutição. Um controle de dor com fármacos é importante e a dor deve ser analisada de maneira atenta para diminuir o desconforto. Quanto à alimentação, nos primeiros dias após a cirurgia, você provavelmente receberá uma dieta líquida ou pastosa para evitar esforço na garganta e facilitar a cicatrização. Gradualmente, progredimos para alimentos mais sólidos e quanto mais próximos, médico e paciente estiverem neste momento, melhor para adequada progressão de alimentos. Também é importante manter repouso. Evite falar em excesso e tente manter a garganta o mais relaxada possível. Normalmente dentro de duas semanas o paciente consegue voltar à rotina.

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Sobre o Médico

Dr. Igor Tadeu da Costa

CRM-SP: 134934 | RQE: 55887


Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência médica pelo Hospital das Clínicas da USP e especialização em Otoneurologia pela mesma instituição. Especialização pelo IBAI em tratamento da Rinite com fármacos e com imunoterapia (vacina).


Dr. Igor é referência em tontura e quadros pediátricos, possui experiência no acompanhamento clínico e tratamento cirúrgico de adultos e crianças, trabalhando em parceria com fonoaudiólogos, pediatras, pneumologistas e cirurgiões plásticos.

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