Zumbido

Otorrinolaringologista e Otoneurologista em São Paulo


O zumbido no ouvido é uma condição que o paciente ouve um som constante ou intermitente em um, ou ambos os ouvidos, ou mesmo como se fosse na cabeça. Em geral a sensação é de um som agudo, mas há exceções. O zumbido em geral é descrito como um chiado de panela de pressão, um grilo, sensação de TV fora de sintonia, chuva, assobio, pulsação, clique, embora existam outras percepções.

Tipos de zumbido no ouvido e possíveis causas

Muitas classificações de zumbido já foram propostas, sendo que a mais utilizada na literatura divide o zumbido em dois tipos:

  • Subjetivo (percebido apenas pelo paciente); 
  • Objetivo (identificado também pelo examinador).


Outra forma é com base no local de origem:

  • Vascular;
  • Muscular;
  • Auditiva.


Vascular

Os mais comuns desta categoria são os tumores glômicos. O zumbido é quase sempre pulsátil e varia com a frequência cardíaca e não se altera com suave compressão no pescoço, posição da cabeça, ou postura. Malformações vasculares também são causa de zumbido pulsátil, podem ter se desenvolvido através de fístulas artério-venosas ou serem congênitas.


Muscular

Mioclonia é a principal causa de zumbido de origem muscular, sendo causada pela contração rítmica de um ou vários músculos da orelha média, ou do palato mole, geralmente involuntárias. O zumbido de causa muscular em geral não acompanha o batimento cardíaco, entretanto pode ter uma frequência parecida.


Auditiva

O zumbido gerado pelo sistema auditivo é o mais frequente, podendo ter várias etiologias, sendo elas: otológica, cardiovascular, metabólica, neurológica, farmacológica, odontogênica ou psicogênica.

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Tipos de Zumbido

Causas otológicas

São as mais vistas, quase sempre havendo uma perda auditiva em sons agudos, seja por exposição ao ruído ou pela idade. Na maioria das vezes, a frequência do zumbido está próxima à região de maior perda auditiva na audiometria. Muitas outras doenças otológicas podem causar ou agravar o zumbido, como doença de Ménière, otosclerose, otites crônicas e labirintopatias recorrentes.


Causas cardiovasculares

Segunda causa mais comum de zumbido. Entre os pacientes com zumbido severo, aproximadamente um terço tem um ou mais distúrbios cardiovasculares. A hipertensão arterial sistêmica é o distúrbio arterial mais encontrado. 


Causas metabólicas

Constituem uma causa importante e por vezes, facilmente reversível. Alterações no metabolismo dos açúcares, gorduras e de hormônios da tireoide são muito frequentes em pacientes com zumbido.


Causas neurológicas

Traumatismo cranioencefálico ou fratura de crânio, trauma em chicote, esclerose múltipla e meningite são possíveis fatores associados ao zumbido.


Causas farmacológicas

Todos os grupos medicamentosos são passíveis de causar zumbido, entretanto, alguns são mais comuns, como: aspirina, anti-inflamatórios, aminoglicosídeos e alguns antidepressivos.


Causas odontogênicas

Alterações na articulação têmporo-mandibular (ATM) estão presentes em 45% dos pacientes. A disfunção da ATM pode ser considerada um fator potencializador do zumbido, e os pacientes também costumam queixar-se de ouvido tampado.


Causas psicogênicas 

As duas principais manifestações são ansiedade e depressão. A ansiedade acentua a percepção do zumbido, enquanto a depressão faz com que o mesmo zumbido passe a ter maior importância para o indivíduo. Vários estudos relatam entre 20 e 50% de depressão nos casos de zumbido.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico a ser buscado é a causa do zumbido e não a existência dele. Uma consulta atenciosa perguntando sobre seus sintomas, histórico médico, medicamentos que você está tomando e exposição a ruídos altos, entre outros pontos de interesse, e um exame físico cuidadoso norteiam um bom diagnóstico. Algumas opções de exame auxiliares são:

  1. Audiometria;
  2. Teste de emissão otoacústica;
  3. Ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
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Tratamentos para Zumbido

O objetivo do tratamento é silenciar o zumbido. Na sociedade moderna, com tanto estímulo sonoro ao longo de um dia, alguma estafa auditiva com zumbido presente ocorre em mais de 80% da população. O problema é quando a presença do zumbido atinge a vida social, o sono e a funcionalidade do paciente. Nestes casos o tratamento é necessário. Aqui estão algumas opções de tratamento:


Terapia sonora

Envolve a utilização de ruídos suaves, como música suave ou sons da natureza, para mascarar ou distrair o zumbido. Isso pode ajudar a diminuir a percepção do som incômodo.


Aparelhos auditivos

Se houver perda auditiva associada ao zumbido, o uso de aparelhos auditivos pode ajudar a amplificar os sons externos e reduzir a percepção do zumbido.


Terapia cognitivo-comportamental (TCC)

É uma forma de terapia que ajuda a modificar os pensamentos e as reações emocionais relacionadas ao zumbido. Pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade associados ao zumbido.


Medicação

Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas do zumbido. Isso pode incluir medicamentos para ansiedade, depressão ou para melhorar a circulação sanguínea.


Mudanças de hábitos e de alimentação

Ingestão de substâncias estimulantes do nosso organismo como a cafeína, alguns chás, água tônica, refrigerantes de cola entre outras pioram o zumbido. Falta de higiene do sono, horário irregular de alimentação, abuso de carboidratos e açúcar livre também pioram os sintomas e muitas vezes todos esses agentes tornam o zumbido uma condição patológica para o dia a dia das pessoas.

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Sobre o Médico

Dr. Igor Tadeu da Costa

CRM-SP: 134934 | RQE: 55887


Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência médica pelo Hospital das Clínicas da USP e especialização em Otoneurologia pela mesma instituição. Especialização pelo IBAI em tratamento da Rinite com fármacos e com imunoterapia (vacina).


Dr. Igor é referência em tontura e quadros pediátricos, possui experiência no acompanhamento clínico e tratamento cirúrgico de adultos e crianças, trabalhando em parceria com fonoaudiólogos, pediatras, pneumologistas e cirurgiões plásticos.

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