Alergia: higiene ambiental e mudanças de hábitos.

Igor Tadeu • February 5, 2024

Alergia: medidas de higiene ambiental...

Como prometido no primeiro post desta série sobre alergia, hoje daremos sequência falando sobre as medidas não farmacológicas, de higiene ambiental e mudanças de hábitos.

O conceito básico dessas medidas é que não existe reação alérgica só pela presença de anticorpos circulantes no sangue. Para impactar no paciente, o agente alergênico precisa; além de claro estar presente, ter algumas características, como:


- Produção em quantidade

- Potencial alergênico

- Ser leve para flutuar - no caso das alergias respiratórias

- Contato constante

- Método de dispersão adequado ao meio humano


Isto posto, as medidas de higiene ambiental e mudanças de hábitos agem nestas características; seja diminuindo a quantidade, evitando a dispersão, não permitindo o contato, não permitindo a flutuação; todas medidas que em última análise diminuirão o poder de gerar a reação alérgica presente nos agentes alergênicos, portanto, diminuindo seu potencial.


Portanto, vamos às principais medidas que podem ser adotadas nos casos de alergia diagnosticada:


Alergia à poeira:

O agente agressor da poeira é um aracnídeo: o ácaro. Quais medidas adotar então ??

. Não utilizar vassouras, pois a poeira mais fina fica suspensa no ar.

. Utilizar aspirador com filtro (HEPA) e panos úmidos para limpar os ambientes.

. Não ter no quarto: carpetes, tapetes, cortinas, pelúcias, livros.

. Comprar capas alérgicas impermeáveis para cama e travesseiros.

. Aplicar soluções acaricidas no quarto pela manhã.


Alergia ao bolor (fungos):

. Controlar a umidade em banheiros, porões e sótão.

. Limpar regularmente os rejuntes do banheiro e cortinas de plástico.

. Cuidado com vasos e plantas dentro de casa.


Alergia aos pólens:

. Evitar abrir a casa antes das 09 da manhã, das 6 às 9 horas é o maior período de polinização.

. Trate preventivamente na primavera.

. Gramas e árvores com pólens invisíveis a olho nu podem causar alergias.

. Plantas com pólens visíveis não causam alergias mais fortes.


Alergia aos animais:

. Evitar a circulação dos animais dentro dos quartos.

. Dar banho semanal, ou conforme a orientação do veterinário.

. Gatos machos castrados causam menos alergia.

. A descamação da pele dos animais é o que causa mais alergia, pelo longo ou curto não tem muita influência na alergia.


Alergia aos alimentos:

. 10% dos pacientes tem teste positivo para alimentos, mas desses 10% apenas 1% tem que iniciar o tratamento. Resumindo, nem todo teste positivo de alimentos quer dizer reações alérgicas.

. Fazer dieta de restrição do alimento que causa alergia.

. Leite e ovos geralmente deixam de causar alergias aos 7-9 anos.

. Camarão e amendoim persistem a alergia até a fase adulta.


Alergia aos insetos:

. BARATA: Controle populacional, mas cabe ressaltar que ainda existe contato mesmo que a nossa casa esteja limpa, misturada com a poeira doméstica. Foco é diminuir a quantidade e assim a carga de agente em contato com os anticorpos.

. MOSQUITOS: Pernilongo fêmea que pica, sugando a proteína do sangue para formar os ovos, geralmente no final da tarde, portanto diminuir exposição nestes horários.

. Nem toda reação inflamatória pós picada é uma reação alérgica, reações inflamatórias fortes podem aparecer na pele mesmo sem alergias, apenas pela irritação da saliva do mosquito.


Aqui estão portanto algumas das principais medidas que podemos adotar no controle das reações alérgicas, diminuindo riscos à nossa saúde.


No próximo post de alergia falarei sobre como fazer o nosso corpo estar de fato em alerta.


Até mais...


 





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